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Foto: Nilo Piccoli |
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foto: Ilza Joaquim |
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Foto: Flavia Gomes |
No final do século XIX, Santos era uma cidade doente: epidemias, endemias e todo o vocabulário relativo a doenças contagiosas tinha vez nesta terra, por conta dos mosquitos que proliferavam nos extensos pântanos onde hoje fica a Zona Leste (Campo Grande, Macuco, Ponta da Praia, por exemplo) e se encarregavam de transmitir doenças trazidas pelos tripulantes dos inúmeros navios que aportavam no ainda não construído cais santista.
Sujeira, lixo, fezes de animais, cocheiras infectas, o clima quente e úmido, contribuíam para a insalubridade da região e para que, a cada instante, uma doença transmissível matasse até metade da população, ou afugentasse todos os que tivessem a oportunidade de sair dessa urbe. O Centro deixava de ser a zona de luxo, surgindo a tendência do deslocamento populacional para a Vila Nova e logo depois, para as praias, onde o clima era melhor. Entre 1890 e 1899, dos nossos 50 mil
habitantes, 22 mil pessoas morreram. Foi nessa época que começaram a ser delineados os projetos urbanísticos de Santos, destacando-se então o trabalho do engenheiro sanitarista Francisco Saturnino Rodrigues de Brito. Vindo do
Rio de Janeiro, o engenheiro sanitarista pôs fim ao problema do
saneamento básico na Cidade de Santos.
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Foto: Alexandre Andreazzi |
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Foto: Adriano Azevedo |
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Foto: Marcos Comune |
De 1905 a 1912, Saturnino
de Brito desenvolveu o programa de saneamento, baseado no princípio de
separar as águas de rios e córregos das do esgoto. O Canal 1 foi o
primeiro a ser inaugurado em 1907, tendo apenas um pequeno trecho no
bairro do Paquetá. Em 1910, ele foi completado e foi aberto também o 2. O
6 veio em 1919, o 3 e o 4 em 1923 e o 5 em 1927.
Na verdade, o
projeto de Saturnino de Brito inclui a construção de um total de nove
canais superficiais (os seis da orla, aquele próximo ao Orquidário, o da
Rua Moura Ribeiro, no Marapé, e outro da Rua Francisco Manoel, no
Jabaquara). Ainda tem os subterrâneos, entre eles, um na Rua Brás Cubas,
no Centro. A Prefeitura completou o sistema de drenagem com os canais 7
(1968), o do final da Avenida Afonso Pena e o da Jovino de Melo, na
Zona Noroeste. O que quer dizer que, só de Saturnino de Brito, herdamos
nove canais superficiais e, do Poder Público ganhamos três. A olhos
vistos são 12 em toda a Cidade.
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Foto: Alexandre Andreazzi |
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Foto: Marcos Cabaleiro |
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Foto: André Jaconi |
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Foto: Laura Pedrido |
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Foto: Nilo Piccoli |
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